Por um fio

Um telefone ao alcance da mão, um número decorado na cabeça e uma aflição no coração. É aí que mora o perigo…”

[Martha Medeiros]


- Alô!
                - Alô, Samira?
                - Sim, com quem eu falo?
                - Ah, vai dizer que você já me esqueceu?
                - Quem está falando, por favor? – e a jovem começou a se incomodar.
                - Ah, então você já está esquecida das promessas que me fez na laje aqui de casa? E do que fizemos no quartinho dos fundos, às quatro da manhã no último fim de semana?
                A voz do outro lado da linha, além de sussurrante e sedutora, era de Eduardo, o amante. Rapaz pobre. Mas paupérrimo para o status atual de Samira. Tinham dado uma às quatro da manhã, mas foi tão rápida que Eduardo só relembrou Samira porque ela tinha, no dia, elogiado muito sua performance e pelo horário que tinha acontecido – nunca tinha comido ninguém às quatro da manhã, no quartinho dos fundos. Samira até estava com saudades do cafajeste, mas não ousaria trocar seu casamento estável com o médico mais procurado da cidade - idoso, mas milionário -, Átila Andrade Martins. Para uma jovem de 22 anos como ela, trocar a alta sociedade para morar na baixada, viver fritando ovo e rodeada de pivetes lhe puxando as saias era um desaforo. Passar a assinar “Pereira e Silva”, ao invés de “Andrade Martins”, era, simplesmente, fora de suas hipóteses.
                - Que ousadia! Já lhe disse que você não deve ligar aqui, seu imbecil!
                - Isso, me xinga! Quanto mais bate, mais eu gamo, meu pitel!
                - Seu inconseqüente! Você sabe que essa casa é cheia de empregados, telefones espalhados por todos os cantos. Sem contar que o Átila, meu marido, um homem de verdade, pode chegar a qualquer momento e não gostaria de me ver aos cochichos no telefone.
                - Só liguei pra saber quando vamos nos encontrar de novo... – provocou o michê.
                - Se depender de mim, nunca mais! – disse querendo dizer: “Agora mesmo!”.
                Os dois nasceram na mesma vila. Foram criados juntos e, por conseqüência, namoraram na mocidade. De fato, Eduardo punha Samira à loucura enquanto estavam à sós. Tanto que, quando longe, a menina subia pelas paredes. Mas sua vida tinha dado uma guinada após conhecer o médico ricaço que fez questão de nunca mais por os pés naquele “pulgueiro”. Desconhecia suas origens e negava qualquer aproximação com aquela “raça”. A bem da verdade, Samira morria de saudades de Eduardo e só de ouvir a sua voz arrepiava-se toda. E, dessa vez, não foi diferente, embora soubesse que precisaria manter a pose de durona.
                - Me diz quando você vai fazer daquele jeitinho que eu gosto? – insistiu o rapaz.
                - Dudu... – disse dengosa, mas logo se recompondo – Quer dizer, Eduardo! Já disse que entre mim e você não há nenhuma possibilidade. Nós já estamos em mundos muito diferentes, nossa história já deu o que tinha que dar.
                - Acontece, chuchu, que só você tem aquele swing, tá ligado? Eu fico louco só de pensar no que nós dois podemos fazer juntos... – Mentira! Eduardo, na verdade, gostava era de pegar a mulherada e, nesse exato momento, a única da lista era Samira, mesmo sabendo que, no mais íntimo de seus sentimentos, era ela a mulher de sua vida. Mas foi aquela simples frase que seduziu Samira.
                 Encontraram-se na mesma noite, num motelzinho chinfrim no mesmo bairro onde Eduardo morava que, além de ser o que ambos mais freqüentaram, tinha um fetiche de simplicidade para Samira. Passaram a semana toda se telefonando, mas dessa vez Samira foi mais precisa e não deu novas oportunidades ao garoto. Contudo, morria de desejos pelo cretino, que, por sua vez, não deixou de ligar:
                - Só mais uma vez! Vou te esperar hoje à noite, combinado?
                - Eduardo, já lhe disse que não! Sou uma dama da alta sociedade, não posso me envolver com você, um pé-rapado, que não tem onde cair morto. Vai se enxergar!
                E Eduardo, sem ter chances de insistir uma última vez, só ouviu o tu-tu-tu do telefone. Daquele dia em diante, decidiu que não mais correria atrás. Sabia que, por mais vagabunda que fosse, tinha mudado. Apagou o número de Samira de sua agenda e optou por fazer a sua vida, tentando esquecer aquela que, por pior que fosse, tinha nascido para ser dele.
                Após muitos anos de afastamento terem se passado, Eduardo, então o pobretão, pé-rapado, que não tinha onde cair morto – adjetivos da própria Samira -, torna-se o milionário  mais bem sucedido de toda a cidade. E, mesmo com saudades da namorada safadinha da adolescência, havia constituído uma família tão bonita que dispensava flashbacks daquela história de juventude.
                Do lado de lá, o então solidificado casamento de Samira viria a se desfazer com a morte de Átila. Não bastasse a perda daquele que sustentava todos os seus luxos, Samira viu seu palácio transformar-se num castelo de areia. No testamento, Dr. Átila deixava à Samira somente um par de meias sujas (para que pudesse lembrar de seu cheiro mais pitoresco). Detalhe: Samira havia tentado engravidar e, já grávida, descobriu, ao contar para o velho que seria pai, que este era vasectomisado e, se fazendo de idiota, aceitou aquela mentira até que Samira, meses mais tarde, perdesse a criança. Ainda no testamento, Átila registrou sua “vingança” contra Samira: deixava uma tia idosa, caduca e em péssimas moradias para que esta ficasse sob seus cuidados. Lógico que era um deboche desaforado que, para a alegria dos outros filhos do velho surtiu como uma grande comédia.
                Sem saída, a alpinista social então percebe que não conseguirá viver sem suas vaidades e, como forma de conseguir recursos financeiros de forma ágil, decide optar ao que Raquel Pacheco – sim, a Bruna Surfistinha – chama de uma “difícil vida fácil” e torna-se garota de programa, embora saiba que sucesso mesmo só tinha ao lado do falecido.
Mesmo sem receber um tostão com a morte do marido, Samira decide procurar um bom advogado para tentar reverter sua situação que já estava ficando bem pior que os seus antigos vizinhos. Nessa busca incessante, um cartão muito elegante lhe cai sobre as mãos. Nele, lia-se apenas o nome “Dr. Eduardo P. Silva” e um número de telefone celular que reconhecia de algum lugar, embora não recordasse naquele momento.
Determinação, sofisticação e competência eram os traços que mais despertavam no novo Eduardo, que, agora, só atendia solicitação se seu nome viesse acompanhado por Dr. Durante uma folheada e outra no jornal, Dr. Eduardo, então se pega nas páginas dos “Classificados” e um nome bastante sugestivo, “Mimi”, lhe chama atenção. Pára e decide ver do que se trata: “Morena, alta, seios fartos, faz tudo e cobra pouco”. Incrédulo, reconhece o número que finaliza o anúncio e um suor gélido lhe escorre sobre a face. Sabia que as coisas haviam degringolado muito depois da morte de Átila, já que o noticiário cobriu a morte do famoso médico da cidade. Mas, orgulho ferido de homem esnobado fala mais alto em qualquer situação e foi por este motivo que não se reaproximou da mercenária naqueles momentos.
Mas, com o anúncio do jornal nas mãos, deixou-o cair sobre seu peito e, por um instante fechou os seus olhos como se estivesse sonhando. Nesse momento, lembrou aquela noite inesquecível no quartinho dos fundos. Aquela noite que, por menos prazer que tivesse sentido, ficou marcada para sempre. Não hesitou em ligar.
No mesmo momento, Samira, agora “Mimi”, discou os números quase instintivamente. Enquanto esperava a ligação se completar, reconheceu que aquele telefone era do seu amante e, nesse tempo todo, não poderia negar, muito menos agora, que sentia sua falta, falta do toque, da pele, do beijo, do sexo.
Mas, para a surpresa de ambos, a chamada cai na caixa postal. Ele desiste e volta-se para o trabalho exigindo concentração de si mesmo:
- Foco, Dr. Foco!
Com sua vida profissional muito bem sucedida, a história de seu passado havia ficado pra trás como uma boa recordação. Sua nova família, alicerçada em muito amor e confiança, lhe dava todo o carinho que foi desprezado por Samira, a Mimi.
                Mas, do outro lado, a tara de Samira grita alto dentro de si. É como uma chama acesa que ardia e a fazia delirar de tanta paixão. Não pensou duas vezes e, naquele mundinho cafona que havia se transformado, o telefone chamou. Chamou uma, chamou duas vezes.
                E, depois daquele dia, só Eduardo e Samira souberam o que realmente aconteceu.

TARJA PRETA ENTREVISTA - Milena Stepanienco

Milena Stepanienco Chagas, com apenas 05 - sim, cinco aninhos - já conquistou muitos títulos de beleza. Dentre eles, o Mini Miss Rio Grande do Sul 2011 e o Mini Miss Germany Brasiien. Hoje, ela vem ao Tarja Preta para contar detalhes da vida de Mini Miss, sua rotina e quais os vôos que deseja alçar pelos próximos anos. Confira!


Tarja Preta - Antes de darmos início a nossa entrevista, gostaria de lhe dizer sobre a felicidade e a honra de estar tendo você como minha entrevista desta sexta-feira. Pra começar, gostaria que contasse como surgiu o interesse em participar de concursos de beleza como o Mini Miss?
Milena Stepanienco - Desde muito pequeninha eu gostava de desfilar, tirar foto e interagir com as pessoas então minha mãe me levou para conhecer a missóloga Janaína Venzon, que me incentivou a participar do Mini Miss Santa Cruz do Sul. 

TP - Em agosto, você estará concorrendo ao título de Mini Miss Brasil. Quais as suas expectativas?
MS - É um concurso muito disputado por meninas de todo os Estados do Brasil, que têm beleza, desenvoltura e talento distintos, vai depender muito da hora e dos jurados. Eu tentarei dar o melhor de mim, mas com 5 anos eu quero é me divertir, então vou me divertir!!! 

TP - No último Festival de Cinema de Gramado, você teve a honra de entrar, de mãos dadas, com a grande homenageada, a atriz Fernanda Montenegro. Em seu canal, no YouTube, o vídeo possui mais de 400 visualizações. Qual foi a sensação que sentiu enquanto estava ao lado de uma das maiores atrizes brasileira?
MS - Apesar da minha idade, minha mãe já havia me falado da Fernanda Montenegro e o que ela representava para o cinema e televisão brasileira. "Quando eu entrei com a Fernanda Montenegro eu senti como se estivesse ligando uma luz."

TP - Também no Festival de Cinema de Gramado, você teve a oportunidade de entrevistar o ator Nelson Xavier. Como se sentiu ao ser incumbida para essa missão?
MS - Foi uma brincadeira. Eu estava com a máquina entrevistando minha mãe. E apareceu o Nelson Xavier e eu pedi para tirar uma foto com ele, e ela disse: - Mas você já tirou! E então eu disse que ia entrevistar ele, só que com a máquina nas minhas mãos. Mas como a receptividade dele foi grande minha mãe decidiu filmar. Eu já sabia do filme do Chico Xavier, pois temos uma videolocadora e foi um filme de sucesso e minha mãe sempre me explica a respeito dos filmes, porque sou muito curiosa. Então fui fazendo as perguntas naturais e adorei quando ele se emocionou e gostou do tipo que eu sou.

TP - Quais as curiosidades que você pode nos contar sobre os bastidores do mundo das Misses?
MS - É um mundo de glamour, mas de muita diversão. Apesar da correria de arrumar cabelos e fazer maquiagens e estarmos prontos na hora certa, fiz muitas amizades e dei muitas risadas. Tive que aguentar o vestido "pinicando", e meu estilista Flávio Milech, tentando achar soluções de última hora; tive que fazer meu Show de Talento com  vontade de fazer "pipi"; tive que ficar paradinha feito estátua quando na verdade tinha vontade de pular e dançar. Mas a Tia Geni nos ensina como nos comportarmos como Misses e nos incentiva para darmos o melhor de nós. Mas foi tudo tão legal e divertido que eu acabei incentivando várias pessoas, inclusive a atual Garota Verão de Santa Cruz do Sul, Ingrid Arrieira Mahl, que foi influenciada por mim a participar.

TP - Em sua opinião, o que é preciso para ser uma Mini Miss?
MS - Depois de ter sido coroada Mini Miss Rio Grande do Sul eu perguntei para um jurado, o Laney Langaro e ele disse que fui perfeita. Acredito ter sido meu jeito espontâneo,  meu show de talento,  meu vestido de gala, minha conversa desenfreada, pois como diz meu pai, todas meninas são lindas, eu não sou mais bonita que as outras por ser Miss, mas durante o concurso, com a ajuda de Deus, meus pais e amigos, tive o melhor desempenho.

TP - A novela das 19h da TV Globo, “Aquele Beijo” trata com delicadeza a vida de uma Mini Miss, interpretada pela linda Bruna Marquezine. Você tem assistido à novela? O que lhe chama mais atenção na história da personagem Belezinha?
MS - Realmente não assisto a novela. Ainda estou na fase desenhos animados e filmes que meus pais escolhem. Mas já ouvi várias referências sobre a novela. O que eu eu acho que quando você quer ser miss, tem que ser um sonho seu e não de outras pessoas, à família cabe a função de dar o apoio necessário.

TP - Qual é o seu sonho, enquanto Mini Miss Rio Grande do Sul?
MS - Viajar muito, fazer muitas amizades, participar de vários eventos e me divertir muito levando comigo a tradição gaúcha.

TP - Qual é o seu maior sonho, enquanto Milena Stepanienco?
MS - Me divertir muito, brincar, brincar, dançar e aprender a nadar.

TP - É importante lembrar que você também possui o título de Mini Miss Germany do Brasil. Qual é a importância desse título para você?
MS -  Este concurso era disputado apenas por meninas maiores de 18 anos e de origem alemã, promovido pelo scoulter Edson Ferreira e ano passado ele resolveu incluir crianças e eu fui escolhida a primeira MINI MISS GERMANY DO BRASIL. Já visitei o consulado alemão e conheci oCônsul-Geral Hans-Josef Over. Estou aprendendo alemão com minha profe particular Gabi, para futuramente poder viajar e conhecer esta minha outra origem. Como descendente alemã represento a nossa cultura pelo Brasil.

TP - O que você gosta de fazer quando não está trabalhando como Mini Miss?
MS - Não diria trabalhar. Trabalho parece muito imposto, e ser miss não seria assim. Mas quando não estou "vestida" como Miss sou uma criança normal, que gosta de brincar, correr, fazer estrelinha, pular na cama elástica, dançar, patinar, nadar, brincar de barbie, assistir filmes, viver de preferência rodeada por minhas amigas Juliana Bueno, Linda, Duda, Bibi, Milene, Bernardo e Manu. Gosto de viajar para Santa Rosa, terra natal de meus pais, a cada dois meses para visitar meus avós e primos. Adoro brincar com meus priminhos Vitória, Nicóli e Dudu.  Inclusive, quando prestigiei o Festival de Curtas em Santa Rosa, fui muito bem recebida pelo prefeito Orlando Desconsi, Lisiane Sackis e pela Rádio Noroeste. 

TP - Você, com apenas 05 anos, já tem uma vida bastante agitada. Como é a sua rotina?
MS - Nas férias, acordo às 9 horas, tomo meu leitinho quentinho. Às 10 horas como um prato com vários tipos de frutas. Assisto Discovery Kids, ou TV cultura, pois tem todos os desenhos que eu adoro. Almoço às 13 horas no Super Miller, almoço regado de muita salada, pois além de comer a minha salada eu ainda aproveito a da minha mãe; e depois fico na Sol Videolocadora, pulando na cama elástica, patinando, conversando com os clientes, assistindo filmes, brincando com minhas bonecas. Tenho aula de alemão três vezes por semana durante uma hora. Aula de patinação duas vezes por semana. Aula de Hip Hop duas vezes por semana. Quando começarem as aulas, vou estudar de manhã a primeira vez, vou ter que acordar cedo e á tarde quero continuar fazendo estas atividades e mais algumas da escola, como dança, teatro e natação. Quando convidada viajo para eventos, e faço algumas fotos para catálogos para empresas como a Mor e outras. 

TP - Quais seus planos para o futuro?
MS - Ainda não penso muito sobre futuro. Vivo o hoje. E vivo intensamente todos os dias. Mas gosto muito de falar na rádio e dar entrevista, várias pessoas me falaram que serei apresentadora de TV, ou atriz de novela.

TP - Quais outros título deseja conquistar?
MS - Agora gostaria do Mini Miss Brasil , se Deus assim o desejar que eu conquiste. Se for para me fazer feliz , que assim o seja.

TP - Eu quero lhe agradecer pela gentileza de conceder a entrevista ao nosso blog, o Tarja Preta e gostaria que deixasse um recadinho aos leitores que estão lendo essa entrevista.

Abaixo, você confere vídeos da trajetória de Milena Stepanienco:

No Desfile de 20 de Setembro
Em entrevista exclusiva com o ator Nelson Xavier no Festival de Cinema de Gramado

A chegada de Fernanda Montenegro, de mãos dadas com a nossa Mini Miss


Caro leitor!
O mês de fevereiro no Tarja Preta foi marcado por essas três entrevistas - Michelle Penze, Lisiane Sackis e Milena Stepanienco - em comemoração ao seu aniversário. Dentro de uma expectativa muito grande, espero que possam ocorrer outras ao decorrer deste ano. Na próxima terça, voltaremos com a nossa programação normal: às terças-feiras, um texto especial, saciando a minha necessidade de escrever; às quintas-feiras, o nosso tradicional Vaias & Aplausos. Conto com você!

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TARJA PRETA ENTREVISTA - Lisiane Sackis

Conheci Lisiane Sackis num projeto em que participei, nos meus tempos de escola. Simpática e dona de um talento admirável, hoje ela nos concede uma entrevista exclusiva ao Tarja Preta falando de como ingressou na RBS TV SANTA ROSA, filiada gaúcha da Rede Globo, curiosidades sobre o tempo que dedica ao jornalismo, planos para o futuro e muito mais. Preparei, junto de Lisiane, com muito carinho mais essa edição do Tarja Preta Entrevista e eu espero que vocês curtam bastante!

TARJA PRETA - Lisiane, é uma grade alegria poder ter um pouquinho do seu tempo só pra mim e para os leitores do meu blog. E, de antemão, quero agradecer a oportunidade que está oferecendo ao “Tarja Preta” de saber um pouquinho mais sobre sua vida e sua carreira. Eu pude acompanhar um dia de sua rotina de trabalho há pouco mais de um ano. Mas os leitores gostariam de saber como é. Pode nos contar?
LISIANE SACKIS - Claro que sim, é um prazer socializar com teus internautas momentos de minha trajetória profissional.

TP - Sua carreira começou quando você ainda era garota-propaganda das Lojas “Quero-Quero”, importante rede de lojas do Rio Grande do Sul. Sente saudades daquele tempo?
LS - Na verdade, o trabalho como modelo foi algo totalmente ao acaso, recebi o convite quando já atuava como educadora em escolas de Santa Rosa. Tenho também formação em Letras e me dediquei por 12 anos ao magistério.

TP - Como foi a transição para o jornalismo?
LS - Fui convidada para fazer um teste quando da abertura da emissora em Santa Rosa em 28 de agosto de 1992. Fiz e fui escolhida entre muitos candidatos. Participei de um treinamento intenso que a RBS faz em um projeto especial aqui na região onde recebemos todas as orientações sobre o nosso trabalho.

TP - A RBS TV, competente, possui várias “filiais” por todo o estado do Rio Grande do Sul. Como se sente sendo a responsável por levar informação à milhares de telespectadores?
LS - Uma responsabilidade enorme. Muitas vezes me pego no dilema, o que noticiar entre tantas opções? Uso o critério da relevância regional, já que temos 69 municípios de abrangência e devemos como veículo de informação dar o melhor ao nosso telespectador em termos de informação estadual. São decisões difíceis mas que ao longo do tempo a gente faz com naturalidade pelo ofício de informar com precisão e conteúdo.

TP - Desde que nos conhecemos, no dia 16 de setembro de 2009 – impossível esquecer a data – várias foram as mudanças na emissora. Comente quais as que mais marcaram.
LS - Quando se trabalha com telejornalismo é impossível não falar de mudanças, acredito que a cada dia tudo fica melhor. Tivemos mudanças no quadro de profissionais que foram para outras emissoras dentro do Grupo RBS e também de aperfeiçoamento de nossa estrutura, com o recebimento de novos equipamentos para dar mais agilidade ao nosso produto.

TP - Durante todos esses anos à frente dos principais telejornais gaúchos, temos a certeza de que você pôde conferir grandes momentos da história, não somente do estado, mas de todo o país. Dentre esses, quais os que você recorda com grande emoção?
LS - O que me toca é poder contar a vida das pessoas. Destaco o carnaval da Caprichosos de Pilares que em 2004 homenageou a Xuxa Meneguel e um grupo da região foi até o Rio de Janeiro desfilar pela escola, foi emocionante acompanharmos a viagem de ônibus e também a emoção de participar de um dos maiores carnavais do mundo. No ano seguinte em 2005 novamente fui escalada para a cobertura da Beija-Flor que homenageou em seu samba-enredo “Os Sete Povos das Missões”. Fizemos matérias para o estado uma cobertura de todo o carnaval usando a estrutura da Rede Globo no Rio de Janeiro de onde gerávamos as matérias para Porto Alegre.  Também destaco os 100 anos da imigração Russa  no Rio Grande do Sul onde Campina das Missões é berço da colonização. Foram relatos lindos de gente que deixou tudo na Rússia em busca de um lugar melhor para viver aqui no nosso noroeste gaúcho. E finalmente enfatizo o trabalho mais incrível que fiz na série das Missões onde refizemos a trajetória dos padres jesuítas para o Rio Grande do Sul , mais especificamente nas missões guaranis para fundar as reduções. Foram 15 dias de viagens pela Espanha, Portugal, Paraguai e aqui no Brasil para produzir esta série que foi exibida no Jornal do Almoço estadual.

TP - Além desses, quais outros momentos foram marcantes para você?
LS - O dia a dia sempre me encanta quando estamos com o jornal praticamente “fechado” surge algo novo que temos que registrar. O acidente de Santo Cristo onde morreram 29 pessoas em meio ao carnaval em março de 2011. Foram tragédias pessoais de familiares e amigos que tocaram toda nossa redação. Foi uma das coberturas mais difíceis que já fiz nestes meus quase 20 anos de profissão.

TP - Há mais de 19 anos na empresa RBS TV Santa Rosa, quais são os sonhos profissionais que você ainda não realizou?
LS - Sonhos fazem parte da nossa vida. Tenho um que é escrever um livro para contar esta história. Seria uma realização muito grande para mim.

TP - O que podemos esperar do jornalismo, tendo que nem todos os profissionais têm a responsabilidade de levar a notícia com credibilidade ao seu público?
LS - Acredito no jornalismo sem sensacionalismo, no correto , preciso e conduzido com respeito. Acho que a responsabilidade profisisonal é que dá credibilidade ao nosso trabalho.

TP - Quanto ao projeto de lei que veta o diploma acadêmico aos jornalistas, qual é a sua opinião?
LS - Acredito no jornalismo sem sensacionalismo, no correto , preciso e conduzido com respeito. Acho que a responsabilidade profisisonal é que dá credibilidade ao nosso trabalho.

TP - Como é seu contato com o público?
LS - Hoje estamos totalmente conectados com o público, seja por telefone, redes sociais , emails recebemos muitas pautas e graças a Deus podemos fazer assim um trabalho diferenciado.

TP - Quero agradecer novamente a oportunidade de estamos conhecendo melhor sua vida e sua carreira. É com muita alegria que eu e os leitores do Tarja Preta desejamos muito sucesso e que possamos continuar mantendo o contato por muito tempo. Agora, poderia deixar um recadinho aos leitores do blog?
LS - É um prazer participar do blog, um abraço carinhoso a todos e em especial a você que conduz este trabalho.

Confira o recadinho de Lisiane Sackis no vídeo abaixo!

TARJA PRETA ENTREVISTA - Michelle Penze

    
        Chegou o grande dia! Em comemoração ao aniversário do nosso blog, o "Tarja Preta" tem a honra de apresentar à você, público leitor, a entrevista exclusiva com a cantora sul-mato-grossense, Michelle Penze! Confira a entrevista na íntegra:



TARJA PRETA - Primeiramente, quero agradecer a sua participação e garantir que é uma grande honra para o “Tarja Preta” contar com uma entrevista exclusiva com você. Como foi que surgiu o prazer da música em sua vida?
 Michelle Penze - Muito Obrigada, é uma grande honra participar desta entrevista. Foi desde criança aos 8 anos de idade comecei participando de festivais infantis em minha cidade.
 TP -  Conheço você graças aos vídeos de suas músicas lançadas na internet e de ouví-las no rádio. Você pode nos contar um pouco de sua história?
MP - Comecei cantando em festivais de música sertaneja durante a minha adolescência, aos 16 anos comecei a cantar em um coral de canto Erudito no interior de São Paulo, daí surgiram convites para cantar  em bares e banda show.
 TP -  Seu primeiro está sendo lançado agora. Você venceu muitos obstáculos para conquistá-lo? Como foi chegar até a gravação dele?
MP Eu saí da banda que cantava com intenção de seguir carreira solo, entrei em contato com um produtor, onde foi feito um teste e gostou de minha voz e logo em seguida gravamos a primeira música que se chama Pessoa Ingrata. Depois disso, gravamos o restantes das músicas sendo seis inéditas e quatro regravações. Quanto a dificuldade com relação a gravação não foi difícil, complicado é a execução das mesmas em alguns programas de rádios,mas isso todo artista, no começo, passa.   
 TP -   A seleção das faixas que compõem o seu CD foi feita de que maneira?
MP - Primeiramente foi estudado o meu estilo musical. Em cima disso foi escolhido um repertório, sendo que seis músicas foram feitas exclusivamente para esse projeto.
 TP - Há algumas canções suas no CD, como é o caso de “Nuvem Passageira” em parceria com Douglas Diniz. De onde vem a inspiração para suas canções?
MP - Composição é sensibilidade e através disso vem a inspiração. Depende do momento e estado de espírito.
 TP - É impossível falar de cantora sertaneja sem citar Paula Fernandes. Como você avalia o espaço da mulher dentro da música sertaneja?
MP - Ainda pequeno, mas em grande ascensão e Paula Fernandes está conseguindo nivelar o espaço da mulher dentro da música sertaneja.
 TP - Como o seu público pode adquirir o seu CD?
MP - Baixando pela internet ou entrando em contato com a minha equipe.
 TP - Quais são os seus planos para o futuro?
MP - Estamos divulgando nosso trabalho e com expectativas e contatos para fechamento de vários shows.
 TP - Todo artista possui um grande exemplo que tenta se assemelhar. Quais são seus ídolos?
MP - Sou eclética na questão musical: Paula Fernandes, Ivete Sangalo, Roberta Miranda, Nalva Aguiar, Victor e Léo entre outros.
 TP - O sertanejo universitário é uma onda que vem conquistando uma legião de fãs e admiradores. Você se considera parte desse segmento?
MP - Também, é um momento da música sertaneja assim como foi na época do Chitãozinho & Xororó, Zezé di Camargo & Luciano admiro o sertanejo universitário.
 TP - Qual é sua agenda de shows?
MP - Estamos na divulgação até março,mas com várias propostas de shows.
 TP - Quer deixar algum telefone para contato?
MP - Sim, (67) 9287 - 7335 - Douglas Diniz.

AGORA, UM RECADO ESPECIAL PARA VOCÊ!
Gostou da entrevista? Quer conhecer mais a carreira e a música de Michelle Penze? É simples! Deixe, abaixo, um comentário com seu nome e e-mail. Você estará concorrendo a um CD da cantora! O sorteio será após o dia 20 de fevereiro! Não fique fora dessa!

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Feliz Ano Novo, Tarja Preta!

Há exatamente um ano, escrevi, com muito prazer, o primeiro texto do blog “Tarja Preta”. Na verdade, o primeiro texto, tímido e medíocre, era uma simples apresentação do que se tratava, com que fins era veiculado e a que público se destinava. Pouca coisa mudou. Continuo escrevendo por puro prazer à quem se interessar e não a um público específico. Lógico que, no decorrer desse tempo todo, reuni um público fiel e, de cara, já agradeço a companhia que me fizeram e o prestígio que me concederam.
                Foram muitas opiniões compartilhadas: desde o reconhecimento de algumas características da nossa sociedade, no texto “Rico já nasce bonito”, até a descoberta de que essa mesma sociedade pode ser classificada entre “As quatro estações”. Aprendemos, juntos, que a perfeição não existe, que não está faltando homem – e, sim, PROCURA -, que mal de amor se cura com novo amor. Você acompanhou momentos importantes da minha vida e ficou sabendo, com riqueza de detalhes, o que senti em cada um desses momentos. Conheceu personagens, modéstias à parte, de uma riqueza imensurável, selecionados à dedo para preencherem, com maior qualidade, meus textos e estórias. Foi assim no texto “O amor de mãe” que apresentei a vocês a história de Alice: minha colega, mãe de três filhas. Criei, com prazer – já que a narração é o gênero que eu sou perdidamente apaixonado – o mundo de “Bruno, o Nuno”. E estórias de amor também não faltaram: “Gotas de água doce”, “Para sempre amar você” e “Um pedido dos céus” são apenas algumas dessas apaixonantes emoções.
                No “Vaias e Aplausos”, várias atrações foram motivos para críticas e elogios, seguindo o espírito desta seção do blog. E foi numa dessas que Walcyr Carrasco, meu ídolo particular e importante escritor e autor de novelas, conferiu o que escrevi sobre sua novela. Foi no dia 26 de maio e o personagem Áureo, do ator André Gonçalves, estava fazendo o maior sucesso na trama das 19h da TV Globo, “Morde & Assopra”. Eu não poderia perder a oportunidade de exaltar o trabalho da produção e das cenas hilárias de André com Ary Fontoura e Elisabeth Savalla, seus pais na ficção. Como de costume, anunciei as atrações do dia em meu twitter, Walcyr leu. Foi o ápice da minha vaidade.
                Uma andorinha só não faz verão. E eu preciso agradecer a ajuda de algumas pessoas que fizeram parte da história desse primeiro ano: Fernanda Schwingel (@fergremionanda) e a Pricila Ramos (18mode_on) pela estruturação gráfica e pelo desing; às minhas leitoras que, incansavelmente, perturbei-as, geralmente lhe enchendo os sacos, mas que me davam o aval para que eu, finalmente, publicasse os textos: Aline Rechmann (@AlineRechmann), Carolina Klaesener, Daniela Marcolan, Daniela Tassoni (@danielatassoni), Daniela Tondolo (@DaniTondolo), Fernanda Schwingel (mais uma vez), Giovana Castelli (@gi_castelli), Karine Souza, Laura Lorencetti (@LauraLorencetti), Marília Martins, Paula Portela (@paulaportela_), Renata Fernandes (@RenaFernandess) e Sabrina Dalla Valle (@heybina). Obrigado à todas pelo carinho e pela atenção. Mas quero agradecer, principalmente, à Deus, que me possibilitou todos esses momentos e todos esses acontecimentos e, mais ainda: que me permitiu escrever, bem ou mal, e me concebeu esse prazer.
                No decorrer do tempo, fui modificando alguns detalhes para que você, leitor, recebesse mais informações e para que eu pudesse usufruir mais ferramentas. Assim, no dia 04 de agosto, surgiu o “Tarja Preta News”: um dispositivo que apresenta uma série de assuntos para que, ao clicar sobre eles, você encontre reportagens relacionadas. Ainda tivemos a possibilidade de visualizar o número de acessos. E, no dia 14 de outubro, atingimos a surpreendente marca de 3000 acessos.
                Para comemorar o aniversário do “Tarja Preta”, preparei duas grandes entrevistas: a primeira, sexta-feira (dia 03), com a cantora Michelle Penze e a outra, dia 10 de fevereiro, com a apresentadora do “Jornal do Almoço”, o matinal da emissora RBS TV, de Santa Rosa, do Rio Grande do Sul. Ambas falam da vida, da carreira, de projetos futuros e ainda deixam um recadinho especial para você, que merece, com exclusividade, uma mensagem especial. Assim é o “Tarja Preta Entrevista” e, espero que, no decorrer deste ano, possamos usá-lo com freqüência. Preparo, ainda, um novo desing comemorativo, que estará disponível em breve. Para um futuro bem próximo, ainda pretendo escrever o “Você Decide” e, nesse caso, qualquer semelhança não se trata de mera coincidência: será apresentada uma história ao público leitor, na terça-feira, com duas hipóteses para o desfecho. Durante toda a semana, você optará pelo melhor fim para a história e, na terça-feira seguinte, será apresentada a versão vencedora.
                Renovo, portanto, meus votos de manter esse hobby, sempre que possível e sempre que necessário (para mim, claro). Renovo minha fidelidade com você, leitor. Renovo meu espírito, minha sede de escrever e minha vontade de tornar público todas as minhas expressões. Eu só espero, de coração, que não me abandonem durante esse ano que começa agora. Para não perder o ritmo, vou desejar ao blog, que eu mesmo criei, o meu tradicional “Feliz Ano Novo”, o qual possamos preencher com muita cultura, entretenimento e novas experiências, este ano que acaba de começar. Seja bem-vindo à versão #TARJAPRETA2012.


Não perca a entrevista desta sexta-feira com a cantora MICHELLE PENZE!

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